Wednesday, August 02, 2006

Dias dormentes

Como se de um calafrio se tratasse...
Susto de morte
Desespero
Causa incerta
Perigo na certa!

Dias de tormento, dormentes!
Inoperância brutal
Sentimento de desencaixe fetal
Se é que existe tal...

E qual é o dia de não fazer nada?
Dormente, dormindo, acordado o olho do sentido
No sentido lato do termo...

Tremo por não saberem em que termos me coso...

Até breve

Tuesday, April 25, 2006

Tempo
Realmente escorre das mãos como se fosse água.
Água dessa pura
Suja mas pura.
Que se encontra nas poças após uma longa chuvada.
Será o tempo sujo?
Ou sujamo-lo nós?

E o tempo tem sido puro e duro...
O tempo nem tempo tem tido para tempo ser
Lá está!
Escorrega...

Friday, January 13, 2006

Duras verdades

Duras verdades
Escassas mentiras ...

Quem as retira?

De nada vale o jeito
quando se não tem feito
as escolhas a que há direito.

E o problema é que vai tudo a eito!

Ah! Se eu pudesse...
das lágrimas vertidas
fazer um rio de sonhos
docemente envolvidos na inocência...
Mas que demência!

Ah se eu pudesse!

Mesmo que alguém não quisesse,
transformava em garrida cor
essa infligida dor...
Injusta!

No entanto...
Por mais tardio que seja o castigo
Por mais pequeno que seja o postigo
Acredito ainda um dia
Rever-te nessa amena alegria
Que se espraiava a meus pés
sobre a areia enxuta...

Sim...
Um dia mato essa puta!

Mas tal não chegará!
A Deus competirá por certo,
do longe fazer perto
do frio fazer quente
da mente fazer vaso
do vaso fazer semente...

E que da semente
nasça alguém,
que venha mesmo por bem.